quinta-feira, julho 31, 2003

I don´t practice Santeria


Levava uma vida corriqueira, sem grandes emoções e com um trabalho razoável; não havia motivos para reclamar de nada e podia considerar-me feliz. Até o dia em que aquele homem apareceu.
Um homem velho, calmo, uma barba branca enorme, portava um violão e um cajado. Interpelou-me quem eu era, onde vivia e outras coisas fúteis. Resolvi desconversar:
- Escuta velho, pega esses 10 tostões e desaparece da minha frente! Vai comer alguma coisa, encher a cara, sei lá! Mas pelo amor de Deus, toma um banho!
- O senhor é caridoso e de bom coração. Aparenta ser digno da missão.
- Missão, que histó...
Uma pancada na cabeça, desmaio. Acordo em um quarto, minúsculo, fétido. Com estranhos desenhos na parede e ouço o velho recitando palavras em uma língua desconhecida enquanto tocava seu violão. As palavras fluem em minha mente e caio novamente no sono.
Desperto em minha mesa, trabalhando normalmente e com a sensação de que tudo não passou de um sonho ruim. Meu chefe chega:
- Stephen, o relatório de produtividade é para amanhã! E urgente!
- Sem problemas chefe! Está quase pronto!
- Você tem até as nove, até porque só estamos nós aqui agora!
- Vai estar na sua mesa.
- Como você obedece a essa besta maldita? Você não vê o que ele faz? você precisa exterminá-lo!
- Quem disse isso?
- Não grite! Você não pode me ver. Eu estou dentro de você, fui imputada em você
Imediatamente lembrei-me dos últimos acontecimentos. Velho miserável! O que você quer de mim voz?
Apenas Justiça!
- Isso é loucura!
Loucura é negar a minha vontade!
Novamente a canção entoada naquela língua maldita! Minha cabeça gira, meus pensamentos enroscam-se e apenas o cheiro e o desejo de sangue me povoam! Invado a sala do homem. Sete golpes com um abridor de envelopes e estou imundo de sangue. Mas a Voz parece ter me abandoado. Agora é esconder o corpo.
Inexperiente, não cubro bem meus rastros e sou preso em tempo recorde. Confesso tudo e agora estou aqui, entre essas grades, isolado e tratado como um animal. Meu único contato com um ser humano é quando me trazem comida, na troca da guarda:
- Aqui está sua comida.
- Ei! Você é novo aqui! Aliás, você não está meio velho para ser guarda não?
- Vai dizer que não reconhece um velho amigo?
Novamente o mundo começa a girar mais rápido, tudo escurece e, ao me levantar, a cela está aberta e uma única palavra brota de minha boca:
- Justiça

terça-feira, julho 29, 2003

Friday, I´m in love


Mais um dia, mais trabalho, mais provoações eu uma novidade. Um convite; aniversário de meu chefe, aquela mala sem alça e sem rodinhas. Decididamente não vou, a menos que:
- Amelie, você vai na festa do Chefe?
- Vou, sim! Você vai?
- Não perderia ver você sem uniforme por nada!
- Então até a noite!
- Até!
Fim do dia, volto para casa. Milhares de preparativos. Banho, barba, bigode, cabelo, terno; tudo tem de estar perfeito para que a minha bela Amelie tenha orgulho de mim. Tantos detalhes que saio atrasado.
Chego, encontro todos já altos pela bebida. As conversas seguem altas, incômodas, sobre assuntos idiotas; concentro-me apenas em conversar com Amelie, que bebe um pouco mais do que deveria:
- Escuta Dartagnan! A minha música!
Amelie corre ao centro do salão e começa a dançar; freneticamente. Seu corpo, etilizado, gira no próprio eixo em êxtase e, tomada pelos acordes, minha duesa começa a se despir. Todos olham atônitos e lançam gritos de viva. Eu, embasbacado, me recuso a acreditar. A minha Amelie! dançando e se despindo como uma vagabunda; se esfregando no meu maldito chefe! Não, não posso suportar essa cena! Preciso tomar uma atitude.
Corro à mesa e tomo da faca mais afiada que encontro. Pulo sobre meu chefe e com três golpes dou cabo de sua vida miserável. Pulam sobre mim e tentam me dominar; mas ágil como um gato me livro dos outros quatro e ainda deixo a faca cravada no peito de um. Os outros dois fogem, em pânico, gritando. Amelie me olha sem esntender nada e temendo por sua vida:
- O que você vai fazer comigo? Por que essa faca? Por que você matou os outros?
- A vida deles nada valia perto da sua. Eles aproveitaram-se porque você estava bêbada. Eu te salvei desse malditos! Me beije meu amor.
- Não Dart, você perdeu o controle...
- Me beija! Ou quer acabar como eles?
- Está bem, fecha os olhos...
Os lábios de Amelie tocam os meus, suaves, quentes, apaixonados. Sua língua percorre a minha boca excitando-me. Ela me aperta. Então; uma pontada nas costas, o susto e o gosto de sangue...
- Por que isso? Você disse que me amava...
- Eu? Amar uma vagabunda que se esfrega nos outros só porque bebeu um ou outro gole? Não... Eu jamais poderia amar alguém assim. Agora morra e me deixe em paz.

quinta-feira, julho 24, 2003

O ministério da Saúde adverte



Adoro a sensação dos pulmões quentes pelo cigarro. O gosto na boca não me incomoda nem um pouco. Posso admitir que sou um inveterado sem salvação. Aliás, é assim que a minha eposa me trata.
- E aí viciado? Morrendo mais um pouquinho hoje?
- Mulher, cala essa boca ou eu ainda faço uma cagada!
- Ó... Eu estou tremendo de medo!
- Ah! Vai se fuder e não me enche!
Saio, para evitar um briga maior e para poder comprar mais quatro carteiras, ou não vou ter o que fumar amanhã. Pra ajudar o filho da puta da mercearia diz que não tem mais da marca que eu fumo. O negócio é voltar pra casa e pegar do "estoque de emergência".
Chego e corro, literalmente, à gaveta. Nada, nem um mísero cigarro.
- Mulher! Cadê meu estoque de cigarros?
- Joguei fora! Já falei que você tem de parar de fumar ou vai acabar morrendo.
- Morrendo o caralho sua vagabunda!
Corro em direção a ela que, assustada, nem sequer reage. Um soco, dois, três, mais, mais, mais. Uma faca. uma, duas, sete facadas e meu corpo está cheio, satisfeito. Continuo a perfurá-la até recobrar a sanidade.
Recuperado, olho para o corpo inerte de minha esposa. Rapidamente descubro o que fazer. Emparedo-a no trecho que estávamos aumentando da casa junto com uma mala e algumas roupas. escrevo um bilhete de despedida (falsificar letras e assinaturas sempre foi um dom nato) e finjo ser abandonado. A polícia nem se dá ao trabalho de me procurar e com alguns telefonemas livro-me de quem poderia incomodar.
Resolvo sair, levando comigo minha bela faca. No caminho encontro uma prostituda:
- E aí bonitão? Vamos?
- Depende. Você fuma?
- Não! Odeio cigarros!
- Que ótimo. eu também. Meu vício é outro.
E, colado ao meu corpo, o aço frio da faca me arrepia e excita...

quinta-feira, julho 17, 2003

Everybody hurts


O telefone tocou. Era você, desesperada para falar comigo. Dizia me amar, jurava ser outra pessoa, fazer as minhas vontades, até realizar as minhas fantasias. Mas não, eu não podia mais suportar a idéia de olhar em seus olhos e me recortar daquele maldito dia. Não havia mais esperança para a nossa relaçao. Deus, como eu pude permitir aquilo?
Era um domingo, ensolarado, e estávamos sentados ma grama do parque; namorando e sendo felizes. Imaginávamos como seria a nossa vida a dois, o nome do cachorro e outras futilidades. Íamos para casa quando me convidou para irmos ao seu "lugar secreto". Não relutei e lá fomos nós.
Já assustou-me a nossa chegada ao cemitério. Mais apavorado ainda fiquei quando tu abriste um mausoléu, e Deus, não há como descrever meu assombro diante das fotos de assassinos e de corpos mutilados expostas naquele lugar. Fugi; corri como o vento sem olhar pra trás, abandonando-te. Agora, me telefonas querendo meu amor. NUNCA!
Ainda nesse devaneio, desligo o telefone e resolvo sair para respirar. O ar da noite me fará bem. Ando sem rumo por entre becos quando encontro uma prostituta que me promete o paraíso. Nego.
Chego e o maldito telefone toca. É ela:
- Por favor, eu te amo. Não sou assasina, tenho apenas uma fascinação pela morte.
- Ok! Vou ser agnânimo só dessa vez. Venha até aqui.
- Mas é tarde...
- Você me ama ou não?
- Tá legal...
Em menos de uma hora ela chega, trazendo consigo uma faca. Me ataca, tentando tirar minha vida. Lutamos até eu desarmá-la. Derrubo-a no chão e transamos freneticamente, por horas. Exuasta, ela dorme.
Acordo-a então com um beijo:
- Amor, por que essa faca? A gente já brincou...
- Não. O jogo de verdade começa agora.
Uma, duas, três, cinco facadas certeiras, jatos de sangue quente lavam meu corpo e purificam minha alma. Saboreio o agridoce que jorra dos cortes. Arranco-lhe nacos de carne com os dentes. Sou um animal descontrolado.
Quando a cabeça volta ao lugar, deparo-me com 2 policias, chamados pela vaca do 1º andar. Algemado e espancado compreendo que devia ter matado a puta...
Back to square one again


Preciso correr, me esconder, fugir. Me seguem , gritam em desespero, me querem. Todos precisam de um pedaço de mim para continuarem suas vidas medíocres. O corredor onde estou afunila-se e já não há mais saída. Não sei o que fazer. Em uma atitude desesperada forço a porta e ela se abre. Continuo a correr por uma viela interminável, sentindo os tijolos e o salitre que me penetra os pulmões. Essas malditas catacumbas não terminam nunca e eles não desistem de me perseguir. Cansado, ofegante; continuo, desesperado, com um apego inacreditável à minha própria vida. Não quero dar aos malditos chance alguma de me alcançar.
Luz. Um halo infímo brota de uma rachadura no teto e é a minha esperança. Paro sobre o mesmo e com um pedaço de ferro achado no chão começo a perfurar o teto, alargando o pequeno facho e tornando aquele trecho de catacumba inundado pela luz do Sol.
As criaturas, em pânico, fogem aos gritos. Algumas, lentas demais, dissolvem-se ao contato com a luz. Ouço sua carne chiar ao derreter e sinto o cheiro da podridão que emana de seu corpo putrefato.
A salvo sob a luz, mas sem saída, descanso e procuro pensar em algo. Não há como escalar a parede e não posso voltar, pois sem luz sou uma presa fácil.
O tempo passa, o Sol começa a se pôr e eu a me lembrar de como fui parar naquele maldito lugar.
Um barulho, ou melhor, um urro indescritível me retorna à realidade. Vejo-os aguardando a extinção dos últimos vestígios de luz. Armo-me e aguardo; inutilmente. Os seres infernais cobrem-me e arrancam pedaços de minha carne para satisfazerem-se, sinto meus órgãos serem perfurados e minha carne rasgada. Não há escapatória.

quarta-feira, julho 16, 2003

Sorrow, just sorrow


Quisera eu ser um formador de opinião. Gostaria de poder falar de tudo com embasamento, de ser m entendido, um crítico-mor, respeitado e ouvido por meus pares. Gostaria de tecer teses e teorias sobre os mais variados assuntos e quem sabe assim ter um pouco de respeito das pessoas.
Aqui, no meu cúbiculo,ninguém me ouve, estão pouco se lixando para o que eu penso ou acho do mundo ou como eu dirijo a minha vida. É nesse lugar que dou minhas aulas.
Ah Deus! Lá vem outro sem talento querendo aprender meu ofício! Infelizmente vai ser mais um nas páginas de desaparecidos no jornal.

terça-feira, julho 15, 2003

Fugindo à regra


As vezes gostaria de ter todas as respostas. Poder ter a cereza absoluta de que agrado a ti. Gostaria de poder conhecer cada pensamento seu e assim jamais te magoar ou mesmo decepcionar-te. Queria ser aquele que você sempre sonhou, o homem perfeito que lhe traria felicidade. Que imputaria sorrisos em sua face sem o menor esforço. Mas, infelizmente não posso. Então só me resta uma coisa a fazer:
- Mas eu te amo!
- Você me ama, mas eu não mereço seu amor. Você deve ser feliz em outro lugar. Adeus.
- NÃO!!
- BAM! BAM! BAM! E lá vou eu atrás de outra namorada.

quinta-feira, julho 10, 2003

Um apócrifo!


E do alto do paraíso, em uma janela, Deus se diverte atirando de Sniper nos desavisados.

terça-feira, julho 08, 2003

Heeding the phone call


Trabalhava como voluntário no CVV, atendia telefonemas de pessoas podres que queriam se matar por motivos às vezes mais podres ainda. Já tinha ouvido de tudo, desde o palhaço que tentara tirar a vida por esquecer uma piada ao menino que queria se matar por que cancelaram o último capítulo de seu herói favorito.
No começo achava aquilo uma demonstração de altruísmo inenarrável e por isso trabalhava com prazer. Mas o tempo foi passando e aqueles lamentos começaram a perecer-lhe sem razão e pior, idiotas ao extremo. Decidiu mandar tudo às favas. E para isso usaria do bom e velho sarcasmo.
Dia de trabalho e o telefone começa cedo:
- CVV, bom dia!
- Eu estou em desespero, ela me abandonou e eu não quero mais viver.
- Quem te abandonou? Tua namorada? Esposa?
- Foi o meu homem, ele fugiu com outro e eu estou desolado...
- Ah!! VAI A PUTA QUE PARIU!!! Enfia uma bala na testa ou então sai atrás de uma mulher sua bichona escrota.
tu, tu, tu...
Há tempos não se sentia tão bem. Estava começando a gostar daquilo.
- CVV!
- Com quem eu falo?
- Com o faxineiro! O cara que atende essa josta se matou....
tu, tu, tu...
Ria a não poder....
- Alô.
- Oi. Eu liguei porque estou sentindo vontade de matar algúem.
- Sério? Quem?
- É o meu namorado que ficou maluco. Ninguém aguenta mais ele.
- Pois então vai fundo! É um doido a menos no mundo.
- Mas é que ele é legal e eu acho que ele tem cura.
- Tem nada Moça! Doido bom é doido morto!
- Se você diz. Valeu!
- Não tem de quê!
Passaram-se alguns minutos quando o telefone tocou. Atendeu!
- CVV! (Nisso tocam-lhe as costas)
BAM! BAM! Dois tiros enquanto se virava para ver quem o chamara. Uma poça de sangue. Uma mulher chorando e o telefone...
tu, tu, tu...

segunda-feira, julho 07, 2003

Um pequeno intervalo


As idéias têm por hábito me abandonar às vezes. Posso espremer meu cérebro o quanto quiser que não consigo arrancar nada de satisfatório. Hoje é um desses dias. Nada que eu escreva, fale ou imagine consegue agradar ao meu afiado senso crítico. É como se eu fosse lobotomizado e tivesse de reaprender tudo de novo, como uma criança de 2 anos.
O chato disso é a total ausência da imaginação. É "olhar pedra e ver pedra" como diz a Cecília Meireles. E eu, tido pelos amigos como o maior viajandão de todos os tempos pelos amigos acabo passando por insuportável, ou por "estar naqueles dias". Mas como eu sempre digo, WHATEVER! Eu sei que a crise é passageira e como na terça eu tenho agendado um mergulho em mim mesmo tudo voltará ao normal, talvez até mais rápido do que eu penso, porque essa vaigem toda deu uma bela fervilhada nos neurônios.
Só pra constar: A audiência tem sido maravilhosa, e se ninguém comenta é porque os contos devem estar no mínimo meia-bunda, então só posso agradecer!!!

quinta-feira, julho 03, 2003

Are you sure you´re at the right side?


Em meio ao campo de batalha ele foi o mais condecorado. Uma máquina, que aniquiliava seus inimigos sem piedade. Não havia espaço em seu coração para qualqur demosntração de fraqueza. Sua única meta era vencer a guerra, nem que para isso tivesse de abandonar todos os seus escrúpulos. E foi o que fez.
Retornara como herói; homenageado e festejado. Os louros da batalha eram dedicados por muitos a ele. Mas durante aquele tempo insano uma semente foi plantada. Essa veio a germinar e gerou um fruto podre.
O soldado levava sua vida normalmente, mas suas atitudes já não eram mais as mesmas. Ele ouvia vozes onde não existia ninguém, via conspirações inexistentes, o inimigo estava sempre à espreita para acabar com sua vida. Foi, obviamente, internado como louco, paranóico, esquizofrênico.
Não se livrava das vozes e dos pesadelos e planejava escapar daquele lugar, pois era o inimigo mantendo-o sob custódia. Arquitetou planos e mais planos até conseguir escapar.
Ao sair, arrombou uma loja de armas e deu início a maior de todas as matanças noticiadas. Mulheres, velhos, crianças; todos os que cruzassem o seu caminho eram sumariamente executados. A própria polícia não conseguia pará-lo, pois ele matava e se escondia.
Um dia encontraram seu corpo. Havia se suicidado; tiro na cabeça. Ao lado do corpo um bilhete:
"Nego-me a lutar por um país que mente para declarar guerra."

quarta-feira, julho 02, 2003

Just give me a chance


Vagava por entre os transeuntes sentindo cheiro de sangue. Procurava mais uma vítima para saciar seu ímpeto assassino. Procurava por alguém inocente e desprotegido. Alguém em quem pudesse descontar todo o seu ódio. Vagou, vagou até encontrar.
- Oi garotão! Que tal uminha?
- Achei que não ia pedir.
Foram a um motel vagabundo onde fizeram um pouco de tudo. Cansado da jornada de sexo resolveu cochilar antes de acabar o serviço. Ledo engano!
Acordou, ouvindo o chuveiro ligado. Vestiu-se, levantou-se e procurou sua arma. Não a encontrou. Ao procurá-la ouviu chamarem-lhe:
- Você não quer aproveitar a água, está ótima!
Tentado por mais alguns momentos de prazer entrou no banheiro. Mal abriu a porta ouviu:
BAM! BAM! BAM! Tombou morto enquanto a mulher ria desenfreadamente:
Sentia-se saciada por hora. Mas sabia que teria de matar outro policial dentro em breve.
Those who rule Dragons


E lá vai Fausto para mais um dia no trabalho. Stress, tensão, chefe malcriado e uma secretária incompetente. Não aguentava mais aquela maldita rotina; precisava de paz.
Um dia, num acesso de raiva pediu suas contas e decidiu realizar sua maior vontade. Ser músico!
Dedicou-se de corpo e alma por alguns anos, até atingir um nivel bom. Contratou alguns músicos, torrou toda sua grana, mas gravou um CD. CD esse que num primeiro momento vendeu horrores. Fausto, agora com os Land Dwellers, era um fenômeno. Suas cançoes, que retratavam nada mais que sua própria dor, eram tidas como hinos dentre os seus já milhares de fãs.
Fausto amava aquela vida. Era tudo o que ele sempre quis ter. O poder que exercia era algo tão absurdo que nem emsmo ele era capaz de acreditar. Em sua cama chegava a ter até quatro mulheres de uma vez.
Mas, como nada dura para sempre, os fãs começaram a abandoná-lo. Sua música não mais tocava, as pessoas se esqueceram de suas mensagens, não havia mulheres ele mal ganhava para comer. A desgraça sobreveio quando os Land Dwellers o abandonaram e gravaram um Cd sem lhe avisar. Huimlhado e sem ninguém tomou a atitude mais deseperadora de todas:
- Chefe. Tem como o senhor me acitar de volta?


Update: PUTA QUE PARIU! Que coisa ruim! Não vou deletar porque teve quem já leu,mas vou tentar criar algo que preste!!

terça-feira, julho 01, 2003

Is that a crime?


Ele era o último sobrevivente. Tudo acabara por intermédio de uma pequena "experiêincia" nuclear de seu presidente. Sua cidade agora não era nada além de escombros; e seus habitantes não passavam de cadáveres. Sabia que não viriam buscá-lo, pois a localização da cidade era um segredo militar.
Agora sabia porque ganhava tanto e trabalhava tão pouco.
Vagava sozinho procurando por comida e companhia. Não encontrou a ambos. A fome o atormentava e viu-se obrigado a caçar pequenos animais como ratos s baratas para comer.
Durante muito tempo sofreu com essa sobre-vida, mas acabou acostumando-se. Porém, trágica consequência, tornara-se algo equivalente a um farrapo humano.
Um dia, e sempre chega um dia, encontraram-lhe. Por acidente um casal chegou à cidade e o avistou. Devorava um rato, sem assá-lo ou qualquer outro preparativo, apenas o mordia comuma selvageria idescritível. Tomado por um misto de nojo e piedade chamaram-lhe:
- Ei! Você! O que você está fazendo? Há quanto tempo está aqui?
O Selvagem parou o que estava fazendo, guardou sua "refeição" e dirigiu-se ao casal. Agia como um cão, cheirando, prescutando desconfiado.
Estacou em frente à bela moça e cheirou-lhe a mão, puxou-lhe os cabelos e abriu-lhe um sorriso. Rosnou para o rapaz, mas pareceu de confiança. Levou-lhes ao seu lar, onde fizeram uma fogueira para passar a noite.
Enquanto dormia, a moça sonhava com fama e fortuna, mas foi acordada por algo frio que lhe tocava. Abriu os olhos e viu seu namorado degolado e o Selvagem sujo de sangue. Levantou-se e tentou correr. Inúteis sete passos antes de ser perfurada por uma lança, tombar e ouvir um urro dizendo:
- CARNE!!! CARNE FRESCA!!!